Fonte: Banco Central
Preparamos neste conteúdo um breve resumo sobre o investimento estrangeiro no Brasil. Entenda como e por quais motivos ocorre o investimento estrangeiro, e ainda, as razões para seus baixos números nos últimos anos.
Investimento estrangeiro no Brasil têm pior nível dos últimos 12 anos. Uma das principais razões foi a pandemia, que causou prejuízos em todo o mundo. O investimento de capital estrangeiro teve recuo de 35,40% em 2020, atingindo, assim, um patamar inferior à crise financeira internacional de 2008.
O país registrou queda de R$ 24 bilhões em investimentos estrangeiros. Já em 2021, o Brasil avançou 23% em relação ao ano anterior. Apesar do avanço de US$ 46,4 bi, o resultado foi menor do que o esperado pelo Banco Central, que tinha previsão de 52 bi.
O Brasil ainda não recuperou o patamar de investimento estrangeiro pré-Covid.
Motivos da queda de investimentos estrangeiros
Diversos motivos podem explicar a diminuição de investimentos do exterior no país. O principal foi a pandemia, que gerou um clima de incertezas e medos em todo o mundo.
Em momentos de incertezas o mercado, em geral, fica receoso de efetuar investimentos, assim, apresentando um comportamento mais conservador.
Principalmente em se tratando de investimentos exteriores há a tendência de considerar o menor risco possível, sendo preferido, deste modo, a segurança do que a taxa de retorno.
Deve ser considerado que o país já enfrentava uma situação econômica frágil mesmo antes da pandemia, o que certamente influenciou na decisão do investidor estrangeiro.
Risco-Brasil
O risco-país é um conceito econômico que avalia o risco de investimento em países emergentes. O risco-Brasil, por sua vez, é a possibilidade de retorno do investimento no Brasil.
O risco-Brasil é medido através de fatores econômicos como a taxa de crescimento da economia e elevação de juros. Em geral, investidores buscam: rentabilidade e segurança. De modo que, quanto mais elevado o risco-Brasil, mais afasta-se o investidor estrangeiro.
Previsões para 2022
Infelizmente, as previsões para 2022 não são otimistas, independe do resultado das eleições. Isto porque a economia não dá significativos sinais de melhora.
Fatores econômicos ainda afastam boa parte dos investidores estrangeiros, com inflação alta, juros e dólar altos, e perda do valor da moeda nacional dificultam o crescimento econômico em 2022.
O modo como o governo enfrentará a pandemia neste ano, que ainda demonstra sinais fortes de infecções, será importante para a decisão do investidor estrangeiro.
O investidor espera que o governante nacional tome atitudes para combater a pandemia para que tenha garantias de que os seus investimentos terão retorno real. Outro ponto de destaque na preocupação do investidor estrangeiro é a crise energética no Brasil, que vem sendo recorrente nos últimos anos.
Isso ocorre as matrizes energéticas no Brasil basearem principalmente em usinas hidrelétricas, que em períodos de secas tem sua produção afetada. E, assim, com a paralisação parcial de usinas, é necessário ativar usinas termoelétricas, que são mais caras.
Portanto, a escassez de chuvas gera custos mais elevados, com racionamento de energia, e mais dificuldades para o investidor estrangeiro.