06
jun
É muito comum escutarmos sobre a discriminação no meio social em que vivemos, mas você já parou para pensar que isso às vezes acontece sem que as pessoas percebam? E isso acontece também nas empresas. Confira algumas informações que trouxemos para refletirmos juntos a respeito. |
Discriminação invisível e o processo seletivo Se você é um profissional, independente da sua área de atuação, é possível que já tenha passado por um processo seletivo antes de iniciar o trabalho em uma empresa, não é mesmo? É uma etapa essencial na empresa, um precisa conhecer o outro. Esse processo tem início de um modo bem imparcial, mesmo porque muitos candidatos sequer chegam a saber qual empresa é a contratante, esse início é apenas uma pré seleção sobre os requisitos mínimos, como a formação. Bom, onde então ocorre a discriminação invisível segundo os especialistas: quando o processo chega nas pessoas, quando chega o momento da conversa, de conhecer com quem o gestor da área contratante irá trabalhar. A imparcialidade que deveria ocorrer nesse momento, nem sempre acontece. E não acontece (na maioria das vezes) de um modo proposital, digamos assim. Acontece porque quem está falando conversando um com o outro são duas pessoas comuns, que tem seus conceitos e pré conceitos estruturados e colocam esses modelos no meio da conversa. E nem percebem que isso acontece. Por exemplo, conversando com alguns líderes de RH, eles citam que o gestor prefere trabalhar com homem porque ele acredita pode falar a bobagem que for em um momento ruim e que o homem aceitaria isso mais facilmente. Ou, se for a mulher a contratante, também ocorrem situações onde afinidades em termos de estilo de vida acaba contando. Por exemplo, se que contrata adora estudar e a pessoa a ser contratada está fazendo mestrado em algo isso será um ponto de afinidade. E mestrado não fazia nem de longe parte do perfil da pessoa procurada para o cargo. Os cientistas chamam de Etnocentrismo um dos principais meios invisíveis de discriminação. Seria algo como entender o mundo de acordo com alguns parâmetros que fazem sentido com nossa cultura e, portanto, ter pessoas dentro desse parâmetro ao meu lado tornaria a minha vida mais fácil. E, novamente, o contratante nem percebe isso, porque, como já comentamos, são seres humanos conversando com outro ser humano. Evitar essa discriminação invisível, ainda segundo especialistas que conversamos, não tem a ver apenas com a melhoria nos processos de recrutamento, mas eles acreditam que isso vem desde o berço escolar, quando cometemos a discriminação ou somos as vítimas desse discriminação. A conversa do bullying na escola chega até as empresas, segundo nossos entrevistados. Sendo assim, quanto mais o país investir em educação e comportamento, melhor adultos teremos nas empresas. E, muito provavelmente, menos discriminação invisível ( que de invisível só para em está recrutando, porque para o recrutado ficou vem visível) teremos dentro das empresas. |