As referências se perdem e a pesquisa de preço ganha espaço

25
abr

Em recente pesquisa  para uma grande rede de supermercados no centro oeste, ouvimos “já perdi a referência, hoje o tomate custa mais caro que o remédio para pressão!” Então, como para a maioria das pessoas o remédio sempre pesou mais que a alimentação básica, lá se vai a referência e a busca pelo mais barato toma conta do cenário e não importa mais a categoria de produto.

Para essas pessoas tanto faz se tem conflito Rússia-Ucrânia, se o dólar subiu ou baixou, se o reservatório está vazio ou cheio, o que conta no final do dia é a inflação real batendo no bolso. E isso não importa se estamos falando do consumidor final ou do comprador da matéria prima.

Acontece que no Brasil essa é uma roda que gira na contramão da lógica econômica, ou seja, subimos juros e a inflação se mantém vigorosa em toda cadeia e a questão ultrapassa apenas o custo da matéria prima, envolvendo fretes, demanda, oferta, etc, etc. Então, a questão chave é como monitorar esse preço na ponta de modo a refletir os movimentos no menor espaço de tempo.

Nossos clientes têm refletido a respeito e ampliado as leituras, com o selling sempre em primeiro plano, preço balcão, mas agora olhando também o preço B2B, indo desde o posicionamento frente a ranges de preços, até leituras sobre a demanda futura, colocando mais itens na cesta de cálculo do preço relativo.

O mercado não vê sinais de melhoria desse cenário até o final desse ano, mesmo porque não existe ainda uma precificação de alguns pontos que estão na pauta: Até onde vai esse conflito? Se a demanda europeia ficará estável? Qual será o teto da Selic? Quanto vai para o mercado dos benefícios sociais?

Aparentemente o mercado já precificou uma eventual vitória do candidato Lula, assim como uma reeleição de Bolsonaro: a política monetária não muda e a econômica tende a ter maior interferência do setor público, como o teto de gastos sendo bem questionado por ambos.

O desenvovimento do preço de um produto é complexo, principalmente por incluir tarefas como o cálculo de despesas fixas e variáveis.

O grande desafio é precificar um produto para a venda, pois quando algum fator que deve ser levado em consideração acaba passando despercebido, grandes prejuízos podem ser observados no negócio.

Se você quer entender um pouco mais sobre esses fatores que possuem relação direta com os preços dos produtos, confira as informações que trouxemos a seguir:

Fatores que influenciam nos preços dos produtos

Muitas das vezes o grande problema é que empresas não conseguem considerar todas as variáveis para formar os preços de produtos, principalmente aquelas mais distantes do processo de produção.

Oferta e demanda

Oferta significa a quantidade de um determinado produto disponível no mercado para ser comprado. Demanda significa a quantidade de produtos que o cliente está disposto a comprar.

Dessa forma, a relação entre oferta e demanda possuem grande impacto nos preços de produtos. Isso acontece porque, se um determinado produto está sendo difícil de ser encontrado no mercado para ser vendido, mas existe demanda para ele, automaticamente o preço vai subir. Isso também acontece ao contrário.

Fornecedores

Outra questão que influencia diretamente nos preços de produtos são os fornecedores. É necessário fazer uma pesquisa certeira para que os valores dos materiais comprados para que aquele produto seja criado sejam coerentes.

Os fornecedores são capazes de criar estratégias que podem determinar os preços dos produtos, principalmente em casos de microempresas.

Inflação

De acordo com dados de pesquisas do Instituto brasileiro de Planejamento e Tributação, mais de 40 produtos considerados básicos sofreram com o crescimento dos preços por conta da inflação entre abril de 2020 e outubro de 2021.

O aumento nos preços de produtos mostra que a inflação que os brasileiros estão sentindo está maior que o normal. Existem fatores que podem ter influenciado essas questões, como o caso da Pandemia do Covid-19, que diminuiu o abastecimento de produtos, por exemplo.

Além disso, o clima também ganhou destaque, já que a crise hídrica afetou a produção de produtos agrícolas. O câmbio desvalorizado também foi uma das questões que fez com que os custos de produção ficassem mais altos.

Aumento do dólar

Mais um fator que influencia diretamente nos preços de produtos é o aumento do dólar. Isso acontece porque muitos materiais são estabelecidos pelo mercado internacional, e quando eles sofrem aumentos, os produtos produzidos por eles também aumentam de valor.

Além disso, quando a moeda local é desvalorizada, a exportação automaticamente aumenta, deixando os preços mais competitivos, exportando mais e trazendo o aumento dos preços de produtos do mercado externo para o mercado interno.

Agora que você consegue entender como esses fatores influenciam nos preços de produtos, é possível observar que a precificação, para ser a mais coerente possível para os produtores e consumidores, precisa ser feita baseada nas questões que trazem mais impactos.

Com isso, leve em consideração esses pontos para não gerar prejuízo para a sua empresa!

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